FACC/UFRJ, VIII Congresso Nacional de Administração e Contabilidade - AdCont 2017

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As Obras de Josué de Castro à Luz das Teorias Pós-Coloniais
Rosana Oliveira Oliveira da Silva, Robson Gomes André, Sergio Eduardo de Pinho Velho Wanderley

Última alteração: 2017-09-02

Resumo


Josué de Castro foi considerado alguém a frente do seu tempo, e ficou conhecido por travar uma luta constante no combate à fome, o que o fez ser associado a um tema como nenhum autor foi outrora. Mas, não é possível limitá-lo ao tema, pois suas várias formações e conhecimentos permitiram que ele fosse além de uma só temática. Para ele, a fome tinha um motivo histórico, o processo catastrófico de desenvolvimento. Neste aspecto, o autor denuncia que muitos dos problemas do subdesenvolvimento, consequentemente, da fome, giram em torno dos problemas do colonialismo. Essa visão pode aproximar o autor dos discursos dos teóricos pós-coloniais, que acreditam que o colonialismo deixou sequelas que persistem em razão da colonialidade de poder. Este artigo parte do princípio que as obras de Josué de Castro merecem destaque na área de administração, pela relevância de suas ideias e pelas possíveis conexões com as teorias organizacionais. Neste sentido, este artigo é uma pesquisa exploratória que através de uma pesquisa bibliográfica teve como objetivo identificar nas obras de Josué de Castro, Geografia da Fome (1946), O Livro Negro da Fome (1957) e A Estratégia do Desenvolvimento (1971), elementos que vão ao encontro das teorias pós-coloniais, desta forma trazer o autor para o campo de administração, especificamente para os estudos organizacionais. A análise utilizada para manipulação dos dados foi a análise discurso. Os resultados encontrados demonstram aproximação com as teorias pós-coloniais, portanto, há elementos que sugerem que Josué de Castro vai ao encontro dessas teorias.

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