FACC/UFRJ, VIII Congresso Nacional de Administração e Contabilidade - AdCont 2017

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Percepções sobre as Rotinas de Orçamento [Budgeting] como Lócus para Estudos sobre as Rotinas Organizacionais: um ensaio teórico
Samantha Luiza de Souza Broman, Sandra Regina da Rocha-Pinto

Última alteração: 2017-09-14

Resumo


Os estudos sobre as rotinas organizacionais apontam que as rotinas são dinâmicas, emergentes e generativas, de forma que possuem um potencial para mudança contínua. Este campo sugere que a execução das rotinas e as padronizações sejam exploradas com uma perspectiva processual, que transcende dualismos. Para esta abordagem, o presente ensaio teórico alega que as rotinas de orçamento [budgeting] representam um lócus adequado para contribuir com as lacunas da literatura sobre as dinâmicas das rotinas, em especial para as análises das interações na ecologia das rotinas, uma vez que as rotinas de orçamento compartilham informações em um fluxo informacional que integram um sistema de controle e planejamento da empresa, onde todos são envolvidos para participar do plano financeiro. As modificações nos orçamentos podem ser percebidas não apenas como decorrentes de impactos externos (ambientais) ou da influência das interações com outras rotinas, pois são apontadas em sua própria trajetória. Isto porque, apesar das críticas da década de 90 ao orçamento tradicional (que é anual e fixo), as organizações optaram por não os eliminar e sim adaptá-los e transformá-los. Além disso, pesquisadores do tema de orçamentos também alegam que os problemas dos orçamentos podem estar relacionados com a forma como são usados. Assim, as organizações passaram a combinar os orçamentos fixos com orçamentos flexíveis, realizados com maior frequência e com foco em prazos menores. Por fim, este trabalho destaca a abordagem sobre o papel do orçamento como um instrumento de gestão preponderante de comunicação interna[o budget], pois seu papel integrado à rotina pode expandir as acepções da literatura das rotinas sobre os artefatos. Por fim, este ensaio sugere uma agenda de pesquisa empírica com as abordagens deste debate.

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