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O presente trabalho explicita o Sentido do Trabalho sob a ótica de profissionais de uma Entidade Fechada de Previdência Complementar, contribuindo para a discussão conceitual e corporativa sobre os sentidos atribuídos ao mesmo. Esta pesquisa interpretativista coletou dados qualitativos mediante técnicas projetivas de elaboração de desenhos, apresentação de vídeo e com entrevistas individuais. Os dados quantitativos descritivos provêm dos documentos oficiais da empresa e relatórios disponibilizados pela área de recursos humanos. Foram entrevistados empregados não gestores cujas transcrições se analisaram indutivamente. Os resultados revelaram que os empregados atribuíram sentidos ao trabalho que realizam, desenvolvendo, mediante a sua própria vivencia na empresa, quatro concepções sobre o trabalho: (i) como fonte de prazer (ii) como obrigação (iii) como forma de crescimento do indivíduo e (iv) como forma de inserção e de expressão na sociedade. Assim explicitou-se que os Sentidos do Trabalho para os empregados ultrapassam o espaço organizacional impactando a sua vida. Conclui-se que para os empregados o trabalho é concebido com sentido positivo, pois, não obstante o trabalho revelar-se como uma fonte de subsistência que os leva à obrigação de trabalhar, também lhes permite crescimento como indivíduo e se expressar e inserir na sociedade mais ampla. As implicações conceituais deste estudo apontam para um processo iterativo de criação de Sentidos do Trabalho (re)construídos pela vivência e subjetividade dos empregados. Dentre as implicações práticas, compreender os sentidos atribuídos ao trabalho vivido na empresa pode subsidiar políticas de retenção e motivacionais dos empregados fundamentadas na realidade organizacional vigente. Recomenda-se considerar a dinâmica de atribuição de Sentidos do Trabalho que se realiza no dia a dia para propiciar a construção de um ambiente corporativo estimulador de desempenhos superiores na empresa. Para aprofundar sugere-se examinar indivíduos iniciantes na vida laboral, explicitar e comparar os sentidos atribuídos ao trabalho pelos novatos e os experientes.