FACC/UFRJ, VIII Congresso Nacional de Administração e Contabilidade - AdCont 2017

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Income Smoothing e o Coeficiente de Resposta ao Lucro Futuro nas Companhias Abertas Brasileiras
Henrique Carvalho Bezerra Morais, Renata Souza da Costa, Odilanei Morais dos Santos

Última alteração: 2017-09-19

Resumo


O mercado de capitais avalia a empresa com base na sua capacidade de geração de fluxo de caixa futuro e para isso depende das informações divulgadas pelas empresas. Contudo, algumas dessas informações podem sofrer algum tipo de gerenciamento de resultados, que altera a percepção dos investidores sobre a empresa. Neste contexto, o objetivo deste trabalho é verificar se a suavização de resultados (Income Smoothing) influencia o Coeficiente de Resposta do Lucro Futuro (FERC) das companhias brasileiras. O FERC é considerado uma métrica de qualidade da informação contábil (TUCKER; ZAROWIN, 2006). Foram coletados dados de 99 companhias brasileiras listadas na B3 (antiga Bovespa) e o período de análise compreendeu 2011 a 2016. Os resultados foram gerados a partir de três regressões em dados em painel, nas quais o modelo pooled foi o mais aderente aos dados para as duas regressões do FERC, e o modelo efeitos fixos para a regressão que captou o gerenciamento de resultado. A suavização de resultado foi calculada a partir do modelo de Jones modificado por Kothari, Leone e Wasley (2005) e indicou que das 99 empresas 58 suavizam o resultado. O modelo de Collins et al. (1994) evidenciou a significância do ERC e FERC em relação ao Retorno das empresas e o modelo de Tucker e Zarowin (2006) foi utilizado para verificar a relação da suavização com o ERC e FERC. Os achados evidenciam que o lucro contábil é informativo ao mercado de capitais para compor o preço das ações, tanto pela sua divulgação anual quanto pela expectativa de resultados futuros. Quanto maior o lucro maior o retorno das ações. Ainda, observou-se que a suavização de resultado influencia negativamente a relação de lucros futuros esperados com o retorno acionário. Com isso, conclui-se que a suavização de resultado acarreta um decréscimo na qualidade da informação contábil futura.

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