FACC/UFRJ, II Congresso Nacional de Administração e Ciências Contábeis - AdCont 2011

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O Comportamento do Auditor Independente diante dos Prazos
Paulo Cesar de Melo Mendes, Antonio Maria Henri Beyle de Araujo, Jose Dionísio Gomes da Silva

Prédio: Faculdade de Economia e Finanças IBMEC
Sala: Sala 1
Data: 2011-10-13 04:00  – 06:00
Última alteração: 2011-09-25

Resumo


Estudos realizados nos Estados Unidos da América têm revelado evidências de comportamentos indesejados em resposta a procedimentos de controle. Nesse sentido, pesquisas realizadas em empresas de auditoria estadunidenses identificaram casos específicos de comportamento disfuncional do auditor, indicando que essas condutas estão relacionadas ao sistema de controle em geral e aos orçamentos que definem os prazos de auditoria. A proposta deste artigo é identificar os comportamentos adotados pelo auditor independente no Brasil quando submetido à pressão para fazer valer o tempo que lhe foi destinado para a execução do seu trabalho. Busca, ainda, identificar o grau de influência exercido pelo auditor na definição dos prazos de auditoria, bem como avaliar a própria exeqüibilidade dos cronogramas estabelecidos em seus programas de trabalho. Para atingir o objetivo, foi encaminhado um questionário, adaptado do trabalho de Otley e Pierce (1996), aos auditores independentes em atividade no Brasil, com o intuito de analisar três importantes aspectos relacionados à pressão para o cumprimento dos prazos de auditoria: (i) a exeqüibilidade dos prazos e a freqüência com que costumam ser cumpridos; (ii) a influência dos auditores na definição desses prazos e os aspectos que costumam levar em consideração para tal definição; e (iii) o comportamento dos auditores diante das pressões para o cumprimento desses prazos. A pesquisa revelou a existência de comportamentos disfuncionais decorrentes de pressões para o cumprimento de prazos de auditoria no Brasil, sendo que a prática mais utilizada é a redução dos trabalhos a um menor nível de aprofundamento. Por outro lado, algumas práticas observadas em outros países, como o abandono de pesquisas/consultas, quase não foram adotadas.


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