FACC/UFRJ, IV Congresso Nacional de Administração e Ciências Contábeis - AdCont 2013

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Podemos contar com a securitização de créditos imobiliários? O risco moral e as suas consequências sobre esse mercado
Anderson Kilpp

Última alteração: 2014-05-26

Resumo


O presente trabalho trata do mecanismo de securitização de créditos imobiliários,  promovendo uma análise do seu funcionamento e da sua regulamentação à luz da teoria da assimetria de informação. A premissa básica é que existem importantes problemas de assimetria de informação que impactam o bom funcionamento do mercado brasileiro de securitização de créditos imobiliários. O objetivo deste estudo é promover um levantamento e sobretudo um estudo dos pontos desse mercado que são atualmente atingidos por incentivos incorretos e potencialmente danosos ao sistema financeiro. A metodologia utilizada na realização desse trabalho passa pela analise da legislação brasileira que trata da securitização e do modus operandi desse mercado. Observa-se que a regulamentação brasileira é bastante permissiva em relação à originação e transferência de risco entre agentes financiadores e investidores. Dentre as atividades realizadas permite-se, por exemplo, que o originador venda os seus créditos de forma integral. Com isso, ele passa a não ter que arcar com o risco de crédito das operações geradas. É o incentivo necessário para que ele foque exclusivamente na renda proveniente do volume de emissões, em detrimento da qualidade dos ativos gerados. Tal postura, apesar de permitir o desenvolvimento de um mercado que vem ganhando muita relevância no Brasil,  cria uma série de complicações e desafios que devem ser encarados para evitar que problemas posteriores venham a interferir no bom funcionamento do sistema financeiro nacional.


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