FACC/UFRJ, IV Congresso Nacional de Administração e Ciências Contábeis - AdCont 2013

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Análise de Eficiência dos Investimentos dos Clubes de Futebol do Brasil e a Influência de Outros Fatores: Uma Abordagem DEA-TOBIT
MARKE GEISY DA SILVA DANTAS, MÁRCIO ANDRÉ VERAS MACHADO

Última alteração: 2014-05-26

Resumo


Este estudo tem como objetivo principal analisar a eficiência dos investimentos dos clubes de futebol do Brasil, com a utilização da metodologia DEA-TOBIT, onde são testadas se algumas variáveis explicam essa eficiência, adaptando a metodologia usada por Halkos e Tzeremes (2013). Na fundamentação teórica, aborda-se sobre a importância do futebol, como também o estudo da gestão das entidades esportivas, devido ao fato de ser o esporte mais praticado no mundo, como também ser alvo da paixão de bilhões de pessoas no planeta. Além disso, relata algumas pesquisas que já abordaram a medição de desempenho no esporte, e que a boa utilização de recursos pode trazer bons resultados, tanto financeiros, quanto esportivos. No tocante aos procedimentos metodológicos, esta pesquisa se constitui de um estudo de caráter descritivo, demonstrando os escores de eficiência encontrados, tanto no aspecto financeiro, quanto no esportivo, de 23 clubes do futebol brasileiro. Os indicadores de eficiência são calculados a partir da metodologia de Análise Envoltória de Dados (DEA) em três modelos: financeiro, esportivo e combinado. A partir dos indicadores, as variáveis “Tamanho”, “Composição do Endividamento”, “Grau de Endividamento” e “ROA” foram regredidas no modelo Tobit, com o intuito de averiguar se as mesmas explicam os escores. Os clubes vêm ao longo do tempo aumentando a capacidade de gerar receita, com ênfase nos clubes Atlético-MG e Vitória, que foram considerados eficientes na maioria dos aspectos. Entretanto, o endividamento ainda é consideravelmente alto e o retorno sobre o ativo se apresenta na maioria dos clubes de forma negativa. Os resultados do modelo Tobit demonstram que, para a eficiência financeira, as variáveis “ROA”, “Tamanho” e “Grau de Endividamento” apresentaram significância estatística, indicando evidências de que existe relação entre esses indicadores e os escores de eficiência financeira. No entanto, tanto na eficiência esportiva, quanto na combinada, nenhuma das variáveis apresentou significância.


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