FACC/UFRJ, V Congresso Nacional de Administração e Ciências Contábeis - AdCont 2014

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Comparação do Disclosure de Contingências Ativas e Passivas nas Empresas Brasileiras com Ações Negociadas na BM&FBOVESPA e na NYSE
Mariana Camilla Coelho Silva Castro, Laís Karlina Vieira, Laura Edith Taboada Pinheiro

Última alteração: 2014-09-05

Resumo


Transformações vêm ocorrendo com a contabilidade tanto nacional quanto internacionalmente e têm provocado uma busca por maior disclosure por parte das empresas e dos investidores. Muitas empresas brasileiras, com o objetivo de captar investidores internacionais, estão negociando suas ações nas bolsas de valores americanas, exigindo adaptações em relação às informações divulgadas. Desse modo, o objetivo deste trabalho é analisar se há diferença na divulgação de contingências ativas e passivas pelas empresas brasileiras que negociam suas ações tanto na BM&FBOVESPA quanto na NYSE. E se houver diferenças, verificar se as demonstrações financeiras publicadas no Brasil obedecem ao disclosure obrigatório exigido pelo CPC 25. Foi realizada uma pesquisa descritiva, com abordagem quantitativa e utilizando de pesquisa bibliográfica e documental. Foram identificadas as empresas que divulgaram informações relativas a ativos e passivos contingentes, realizada uma leitura simultânea das demonstrações financeiras e dos relatórios 20F e feita uma análise descritiva dos dados. A amostra foi composta por 25 empresas de capital aberto, com ações negociadas simultaneamente no Brasil e nos EUA no exercício de 2013. Os resultados demonstram que dez empresas apresentaram diferenças na divulgação de contingências ativas e passivas nos relatórios. A assimetria encontrada refere-se principalmente a maior divulgação de informações e contingências no Relatório 20F. Em relação ao disclosure obrigatório exigido pelo CPC 25, dos relatórios que apresentaram diferenças, foi divulgado, em média, 50% da informação exigida referente a contingências ativas e 60% para as contingências passivas. Logo, conclui-se que as principais divergências se referem à quantidade de contingência divulgada, ao nível de detalhamento das informações e à declaração de informações mais completas no Relatório 20F. Esses resultados sugerem um tratamento diferenciado das informações de acordo com o mercado no qual elas são divulgadas, ocorrendo uma assimetria entre a informação divulgada no Brasil e nos EUA.

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