FACC/UFRJ, VII Congresso Nacional de Administração e Contabilidade - AdCont 2016

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Complexidade Organizacional e Liderança Feminina em Empresas de Auditoria Contábil
Fernanda Alves Cordeiro, Fernando Rocha Pereira, Samuel de Oliveira Durso, Jacqueline Veneroso Alves da Cunha

Última alteração: 2016-10-28

Resumo


No mercado de trabalho ainda é percebida a presença da desigualdade de gênero evidenciados pela ocorrência do glass ceilling e do pink collar work, em relação a salários, promoções e posições mais relevantes. O termo glass ceilling é usado para referenciar as causas das dificuldades de progressão das mulheres no ambiente corporativo. Já o pink collar work faz menção a setores que culturalmente são ocupados por mulheres. Nesse contexto, o presente trabalho estuda a desigualdade de gênero em relação ao mercado de auditoria contábil (onde a presença masculina se faz preponderante) em função da complexidade da empresa auditada. A partir de dados referentes ao exercício de 2015 obtidos por meio do Economatica, foram listadas 447 empresas brasileiras de diversos setores de atuação. Foi feita uma pesquisa explicativa, através de análise documental dos pareceres de auditoria externa e dos balaços das empresas que compõem a amostra. O estudo objetiva investigar a existência diferenças significativas em relação ao nível de complexidade das empresas que são auditadas externamente por mulheres em comparação àquelas que apresentam homens como auditores externos. Como metodologia utilizada para consecução dos objetivos, foi feita uma análise descritiva da amostra que compõe o estudo e a aplicações de regressões logísticas individuais para verificar a existência de diferenças significativas entre as variáveis que expressam a complexidade das empresas em relação ao gênero do auditor responsável pela assinatura do parecer de auditoria externa. Os resultados apontam para a existência de diferenças, em relação a complexidade organizacional e o gênero dos auditores responsáveis pela equipe de auditoria externa, evidenciando que quanto maior a complexidade da organização, menor a probabilidade de que se tenha, pelo menos, uma mulher responsável pela assinatura do parecer de auditoria externa.

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