FACC/UFRJ, VII Congresso Nacional de Administração e Contabilidade - AdCont 2016

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Associação Entre Folga Organizacional e Inovação: Uma Análise Durante os Estágios do Ciclo de Vida Organizacional.
Abel Carneiro Mota Lima, Diego Emanoel Sousa Gonçalves, Adriano Leal Bruni, Joseilton Silveira da Rocha, José Maria Dias Filho

Última alteração: 2016-10-07

Resumo


Esse estudo objetivou analisar a associação entre folga organizacional e inovação nas empresas da BM&FBovespa, nos diversos Estágios do Ciclo de Vida das organizações (ECV). A partir de modelos de regressão linear múltipla os três tipos de folga organizacional (disponível, recuperável e potencial), puderam ser analisados em diferentes ECV. Como proxy para inovação foram utilizados os investimentos e ativos intangíveis e o grau de intangibilidade das organizações. A pesquisa analisou dados de 2013 a 2015, num total de 702 observações. Os resultados evidenciam que a associação entre folga organizacional e inovação, apresentou-se negativa. Independente do ECV a folga apresentou correlação negativa, principalmente a folga recuperável. Já a variável grau de intangibilidade apresentou uma relação inversa, sendo positiva para a inovação quando a variável independente é a folga disponível e potencial, nos estágios de crescimento e declínio. Pode-se inferir que para as empresas da amostra para que se possa verificar se a folga é boa ou ruim para a inovação, deve-se verificar qual proxy utilizada para medir a relação entre folga e inovação. Quando a proxy de inovação é a variável investimentos em ativos intangíveis o comportamento das relações com a folga é negativo, já a variável grau de intangibilidade apresentou uma relação positiva. Os resultados sugerem implicações gerenciais importantes, percebe-se que mesmo sem variar o comportamento das relações de regressão é de suma importância conhecer em qual estágio a folga organizacional possui maior influência sobre a inovação e qual a proxy utilizada. Só diante dessas informações os gestores podem direcionar esforços para um melhor aproveitamento dos recursos disponíveis em suas organizações. Pesquisas futuras podem se beneficiar do uso de percepções gerenciais na medição da folga organizacional, podendo fornecer mais detalhes sobre a relação folga e inovação. Além disso, medidas alternativas de inovação também podem ser úteis em estudos futuros.

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