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Este ensaio inscreve-se nas críticas à literatura dita mainstream e prescritiva em gestão de pessoas. Igualmente, adota como premissas os dilemas e ambiguidades subjacentes a um pressuposto – ainda que velado – de crescente clamor pela irrelevância dos debates e iniciativas por equiparação entre trabalho e capital. Assim, na contramão das intenções desumanizadoras do discurso da gestão de recursos humanos (GRH), o ensaio pretende estabelecer um diálogo entre abordagens de autores críticos e decoloniais em pontos de convergência que unem distintos loci de enunciação. Os debates teóricos sinalizam que a instrumentalização das pessoas e a predominância da lógica corporativa cooptaram as práticas e discurso dos profissionais de GRH, realçando a violência e o anti-humanismo que marca a lacuna entre humanidade e prescrições gerenciais.