FACC/UFRJ, X Congresso Nacional de Administração e Contabilidade - AdCont 2019. IAG | PUC-Rio

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A Inteligência Cultural nos Estudos Organizacionais: Um Mapeamento do Campo Científico de 2003 a 2018
Ana Carolina Martini Braz de Mello e Souza, Patrícia Amélia Tomei

Última alteração: 2019-11-06

Resumo


Em um mundo globalizado, onde pessoas de diversas culturas convivem, trocam experiências e compõem equipes de trabalho, o domínio de habilidades e competências de natureza intercultural figura como um fator relevante e atual, podendo ser primordial para determinar o sucesso de empresas e de carreiras internacionais. Neste contexto, surgiu, em 2003, o construto teórico da Inteligência Cultural (IC), cujas pesquisas teórico-empíricas avançaram substancialmente na área de Administração, promovendo um avanço de ordem intelectual e prática, principalmente para as empresas internacionalizadas ou globalizadas. Neste sentido, dada a necessidade de um adequado dimensionamento do tema no âmbito dos estudos organizacionais, o presente trabalho buscou: (i) compreender o momento atual das pesquisas sobre IC; (ii) identificar os principais clusters temáticos; (iii) aprofundar as principais discussões teóricas e resultados empíricos alcançados nestas pesquisas; e (iv) propor ações gerenciais a partir desses resultados. Para tanto, efetuou-se um levantamento bibliográfico e bibliométrico dos artigos acadêmicos internacionais publicados na base de dados SCOPUS (2004 a 2018) e dos artigos nacionais publicados na base de dados SPELL (Scientific Periodicals Electronic Library). A partir desse levantamento foi realizado um mapeamento do campo com a utilização de três softwares: Scopus Data Analysis, Microsoft Excel e SciMAT (Science Mapping Analysis Tool). Os resultados do mapeamento científico, da identificação dos principais temas pesquisados e a análise dos possíveis impactos que a IC é capaz de causar no contexto organizacional possibilitaram a proposição de algumas ações gerenciais relacionadas à IC, como: (i) em nível individual – a formação de equipes multiculturais, investimento em treinamento e desenvolvimento de competências interculturais; e (ii) em nível organizacional – estratégia que englobe a variável distância cultural, capacidade multicultural, o desenvolvimento ou mudança para uma cultura organizacional voltada para a multiculturalidade, dentre outros.


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