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"Eu Nunca Fui Muito Menininha”: A Identidade das Executivas em Organizações de Ensino Brasileiras
Márcia Neves, Ana Celano

Última alteração: 2019-11-06

Resumo


A participação feminina no mercado de trabalho brasileiro aumentou substancialmente nos últimos anos, entretanto, o número de mulheres que rompeu o “teto de vidro” e ascendeu aos níveis estratégicos das organizações não é tão expressivo. Os cargos mais altos na hierarquia são exercidos pelos homens, o que mostra que as mulheres ainda sofrem preconceito e têm muitas barreiras que inibem o seu crescimento profissional. Como consequência, as executivas adquirem atributos classificados como masculinos, suprimindo a sua própria identidade. O presente estudo teve como objetivo geral analisar qual a percepção de executivas sobre o processo de masculinização na construção das suas identidades profissionais. A pesquisa teve caráter qualitativo e a coleta de dados incluiu observações e entrevistas em profundidade com 12 mulheres que ocupam posições executivas em organizações de ensino brasileiras privadas, nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. A pesquisa encontrou resultados no sentido de que a construção de identidade profissional é uma busca constante da mulher que exerce cargos de poder e em ambientes com predominância masculina. Assim, a análise dos depoimentos aponta que a executiva tende a controlar e reduzir os estereótipos femininos, vistos muitas vezes como prejudiciais para o ambiente de trabalho, e assume algumas características consideradas masculinas para competir em condições de igualdade no campo organizacional.


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