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Influência do Gerenciamento Tributário no Desempenho de Empresas Brasileiras de Capital Aberto
Ruth Fonseca de Araújo, Kléber Formiga Miranda, Caritsa Scartaty Moreira

Última alteração: 2020-08-03

Resumo


Esta pesquisa analisou se o gerenciamento tributário influencia no desempenho de empresas brasileiras de capital aberto, considerando algumas particularidades do sistema tributário brasileiro, em que muitas empresas têm incentivos fiscais ou ajustes do lucro (adições e/ou subtrações). Dessa forma, a relação entre o gerenciamento tributário, mensurado pela ETR e CashETR, e o desempenho, medido pelo ROA e Valor de Mercado, resultou em dois painéis desbalanceados, sendo um com 1630 observações de 225 empresas e outro com 971 observações de 201 empresas, cuja análise compreendeu o período de 2009 a 2018, sendo os dados extraídos da plataforma Economatica®. Testes de robustez foram aplicados em relação à amostra, variáveis e sobre efeitos de incentivos fiscais e ajustes no LALUR. As análises demonstraram que quanto maior o valor do tributo de um período, maior o desempenho das empresas no período seguinte, sendo possível avaliar a possibilidade de a empresa incorrer em custos adicionais na tentativa de reduzir o seu imposto. Assim, os achados desta pesquisa seguem a noção de que as empresas com maiores valores de tributos conseguem reduzir outros custos não tributários para conseguir melhorar seu desempenho. Considerando a relação positiva entre os valores dos tributos e o desempenho empresarial, persistentes nos testes de robustez, tem-se que o aumento de tributos acarreta o maior desempenho empresarial, com exceção dos casos em que as empresas conseguem reduzir o seu tributo, diante do aumento de receitas líquidas.