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Impacto do IFRS 9 nos Maiores Bancos Brasileiros: uma Análise do Provisionamento para Perdas de Crédito
Ana Paula Elias de Oliveira, Juliana Aguiar Farias, Cláudia Ferreira da Cruz

Última alteração: 2019-11-07

Resumo


A crise financeira iniciada nos Estados Unidos em meados de 2007, causada principalmente pelo aumento da inadimplência e desvalorização do mercado imobiliário americano, em um cenário de regulamentação e fiscalização frouxas do sistema bancário, espalhou suas consequências para diversos países do mundo, com efeitos severos nos países europeus. Órgãos internacionais reagiram aos acontecimentos e, nesse contexto, o International Accounting Standards Board substituiu o pronunciamento IAS 39 - Financial Instruments: Recognition and Measurement pelo IFRS 9 - Financial Instruments. Uma das principais diferenças entre os pronunciamentos é a mudança do modelo de perdas incorridas para o modelo de perdas esperadas para a constituição de provisão para perdas de crédito. Assim, tendo em vista que o novo padrão contábil entrou em vigor em 2018, o presente estudo teve como objetivo avaliar o impacto da aplicação do IFRS 9 no provisionamento para perdas de créditos dos maiores bancos brasileiros. Para isso, foram coletados dados referentes à provisão para perdas de crédito no período de 2014 a 2017 (IAS 39) e 2018 (IFRS 9), em uma amostra de 30 instituições financeiras do universo das 50 maiores do país. Diante da aplicação do Teste dos Sinais de Wilcoxon, os resultados demonstraram que não há diferença significativa entre o nível de provisão para perdas de crédito praticado pelos bancos brasileiros na vigência do pronunciamento IFRS 9 em comparação com os níveis de provisão praticados sob a vigência do IAS 39.


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