Última alteração: 2023-10-11
Resumo
O presente estudo investiga se existem diferenças estatisticamente significativas no nível de remuneração dos executivos de companhias abertas brasileiras nos períodos pré e pós Covid-19, também comparando setores mais e menos afetados por essa crise. A amostra do estudo compreende 143 companhias abertas não-financeiras listadas na Brasil, Bolsa, Balcão (B3), com dados disponíveis ao longo dos anos 2018 a 2021, sendo os anos 2018 e 2019 considerados como período Pré-Covid e 2020 e 2021 como período Pós-Covid. Para atingir o objetivo proposto, foi utilizado o teste U de Mann-Whitney, que revelou que não houve diferença significativa nas remunerações dos executivos entre os períodos pré e pós-pandemia. Dessa forma, as hipóteses de que a pandemia de Covid-19 reduziu o nível de remuneração de executivos de companhias de setores mais afetados pela crise, bem como que aumentou o nível de remuneração de executivos de companhias de setores menos afetados pela crise foram rejeitadas, indicando, assim, que as empresas foram cautelosas no período de crise e incertezas econômicas no qual o mercado mundial passava, não alterando de forma significativa os pacotes de remuneração. Considera-se que esses resultados podem contribuir para a literatura na área, visto que o comportamento da remuneração dos executivos em companhias de setores mais e menos afetados pela crise do Covid-19 não foi examinado por estudos anteriores, assim como os efeitos nos elementos individuais dos pacotes de remuneração (remuneração fixa, variável e stock options).