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Este estudo avança sobre os investimentos de compliance para inferir se na realidade corporativa brasileira este instituto tem representado uma solução no combate às fraudes e riscos regulatórios. A pesquisa teve como objetivo investigar a relação entre as práticas de compliance no Brasil e a influência na mitigação aos riscos corporativos. Baseado na força com que se apresentam mais recentes os estudos sobre compliance, a atenção crescente das organizações em atenuar seus riscos, bem como a necessidade de pesquisas que abordem a eficácia dos atuais mecanismos para o gerenciamento de riscos, demonstram a relevância do tema com repercussão para as áreas de controle e governança. Com a amostra constituída por profissionais de empresas brasileiras (G1), submeteu-se a um recorte em empresas de grande porte listadas na Bovespa (G2) como forma de aumentar o potencial explicativo do estudo e possibilitar a possível interferência da característica da amostra no resultado. O teste aplicado confirma a existência de correlação positiva e significativa entre compliance e a capacidade de resposta ao risco, mas a força dessa correlação foi considerada moderada. No resultado por amostra, compreendeu-se uma correlação moderada sobre compliance para o grupo G1, com maior efeito na mitigação ao risco em relação aos resultados do grupo G2, considerada de correlação fraca. No teste de influência, o R² baixo constitui uma relação de pouca evidência entre as variáveis. Contudo, apesar de não rejeitar a hipótese perseguida, os achados sugerem que os esforços para o efetivo compliance no Brasil ainda sejam incipientes. A explicação para a pouca relação entre as variáveis compliance e resposta ao risco pode estar relacionada na pressuposição do tema que realça a figura de compliance como instituto de formalidade prescrita ao que pode gerar uma estrutura extremamente frágil para a organização.