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O tema “Felicidade no Trabalho” vem despertando interesse crescente da academia e da prática nos últimos anos, gerando inúmeros estudos e acalorados debates. Não obstante a profusão de pesquisas relacionadas ao assunto, os resultados são inconclusivos tanto acerca dos seus antecedentes, quanto dos seus efeitos. Um dos motivos para esse fato é a falta de consenso em torno da forma mensurar tal fenômeno, agravada pela proposição de uma ampla gama de construtos relacionados ao tema. De forma a ajudar a evolução do conhecimento científico sobre a felicidade no trabalho, este artigo partiu de sete construtos e analisou 15 questionários utilizados em estudos do tema, buscando fornecer um panorama geral de como esta mensuração vem sendo realizada, através da identificação e comparação dos elementos e proporções utilizadas para tal. Os questionários selecionados geraram uma base de dados com 637 perguntas. A análise destes dados produziu resultados que apontam para a existência de uma grande variedade de elementos empregados, porém com uma concentração no uso de antecedentes ligados à autonomia com que se desempenha a tarefa e às relações sociais no trabalho, bem com uma ausência de elementos ligados ao próprio indivíduo, apresentando diferenças de enfoque nos diferentes construtos representados. Os pontos de atenção levantados a partir dos resultados levaram a recomendações de duas linhas para estudos futuros: a elaboração de um questionário mais abrangente e representativo e a busca por instrumentos alternativos de medição.