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Uma Análise sobre Práticas Representacionais no Mercado da Moda “Sem Gênero”
Última alteração: 2017-08-31
Resumo
Este artigo apresenta um estudo sobre a representação do mercado da moda “sem gênero” (também denominada agender, ungendered, genderless, gênero fluido, estilo neutro) e busca compreender tal mercado por meio de práticas representacionais que o constituem. Visto que, ontologicamente, este trabalho considera o entendimento de Araujo e Kjellberg (2009) – segundo o qual sugere-se uma mudança de “marketing”, como um conjunto de técnicas que contribuem para regular a troca, para “market-ing”, como um conjunto de práticas que contribuem na construção de mercados e outras ordens econômicas – sua base teórica é fundamentada na literatura de market-making, que envolve pressupostos de que o conhecimento em marketing é performativo e formata mercados. O procedimento metodológico adotado nesta pesquisa qualitativa, concedeu-lhe um caráter descritivo por meio de análise do conteúdo de dados coletados em páginas de internet de domínio público, como, fatos empíricos e imagens que auxiliassem o esclarecimento do fenômeno. Os resultados encontrados demonstram que a moda “sem gênero” é algo bem recente, sendo possível verificar que, no Brasil, por exemplo, algumas discussões e notícias só começaram a ser veiculadas no primeiro semestre de 2015, ganhando maior notoriedade em 2016. Por esse motivo, também se trata de um mercado cujas configurações ainda não estão amplamente claras e definidas, inclusive, é possível notar que algumas de suas representações demonstram-se contrárias à proposta de seus agentes. Com isso, procuramos contribuir ao estudo de prática de mercado, além de, ao trazer o tema “gênero” à discussão dentro de mercado, acrescentar conteúdo a respeito das diferentes abordagens sobre o assunto dentro da área de marketing.
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