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Este artigo é de natureza exploratória e aborda a cultura organizacional sob a perspectiva do gênero. Aqui, busca-se uma maior compreensão sobre como homens e mulheres percebem a cultura da organização, propondo, a partir daí, uma reflexão sobre as diferenças e similaridades encontradas entre eles. Pretendeu-se, ainda, verificar se as mulheres percebem elementos culturais que promovam a hierarquia sexual como mecanismo de diferenciação no âmbito organizacional e como reagem a isto. Tendo em vista a crescente diversidade nas empresas, nota-se um maior enfoque sobre as questões de gênero nestes espaços de trabalho e, por conseqüência, uma maior necessidade de se estudar a cultura da organização sob as diferentes perspectivas, a do homem e a da mulher. O gênero parece ganhar importância quando se trata de discutir a cultura e a gestão de pessoas na organização. Por meio do método qualitativo básico, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com profissionais da área de marketing de uma indústria farmacêutica localizada na cidade de São Paulo. Os resultados indicam que homens e mulheres podem apresentar perfis tipicamente masculinos ou femininos, independentemente do sexo. Notou-se, com base nos sujeitos desta pesquisa, que as pessoas se autodefinem como sendo de um gênero ou outro e estão conscientes de que o gênero não está associado ao sexo. Foram observadas percepções similares entre os gêneros opostos, o que pode sugerir uma maior reflexão sobre se o mundo feminino ainda é tão diferente do masculino, já que a modernização está promovendo inúmeras transformações na forma de pensar e agir dos indivíduos. A percepção sobre a cultura organizacional, para os diferentes gêneros, mostrou-se similar em alguns aspectos e diferentes em outros, porém mesmo entre pessoas consideradas do mesmo gênero pode haver diferenças em como cada um percebe a cultura da organização.