Prédio: Universidade Cândido Mendes
Sala: Sala 2
Data: 2010-10-28 11:00 – 01:00
Última alteração: 2010-10-15
Resumo
Neste artigo são examinados os efeitos da relação entre a administração do capital de giro e a criação de valor para a empresa. Para tanto, foram estudadas empresas não-financeiras listadas na BM&F Bovespa no período de 1990 a 2008, adotando-se modelos propostos por Kieschnick, LaPlante e Moussawi (2009). Com base nos dados de suas das demonstrações financeiras, foram verificados os efeitos do caixa, do EBITDA, dos juros e dividendos pagos, das despesas financeiras, do nível de alavancagem, do ativo líquido, da dívida líquida, das despesas com vendas e do investimento em capital de giro líquido operacional sobre os retornos excessivos obtidos pela empresa, entendidos como aqueles retornos que excedem o retorno do benchmark (Ibovespa). Foi aplicada técnica de regressão linear múltipla, com resultados significativos a 5%, e os resultados foram comparados aos obtidos no estudo original. Os principais resultados do estudo indicam: (1) cada Real (R$) adicional aplicado em caixa aumenta o valor da empresa; (2) cada Real (R$) adicional no nível de alavancagem reduz o valor da empresa; (3) o aumento da dívida líquida reduz o valor da empresa, confirmando a questão do efeito negativo com aumento no nível de alavancagem; (4) o investimento em capital de giro líquido operacional por meio de dívida reduz o valor da empresa, revelando que a forma de financiamento do capital de giro líquido operacional é um fator que influencia na criação de valor para a empresa; (5) cada Real (R$) adicional em pagamento de juros aumenta o valor da empresa, evidenciando o benefício fiscal da dívida; e (6) existe o efeito da restrição financeira para empresas menores em relação a empresas maiores.