FACC/UFRJ, II Congresso Nacional de Administração e Ciências Contábeis - AdCont 2011

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O Uso da Inovação Aberta nas Empresas Brasileiras: Resultados de um Levantamento de Campo
Claudio Pitassi, Marco Aurélio Carino Bouzada

Prédio: Faculdade de Economia e Finanças IBMEC
Sala: Sala 3
Data: 2011-10-14 04:00  – 06:30
Última alteração: 2022-08-03

Resumo


Os estudos a respeito do desenvolvimento tecnológico de países de industrialização tardia e sobre o processo de emparelhamento tecnológico (catch-up) da firma de economia emergente (latecomer) às firmas de países industrializados têm em comum a ênfase no esforço da firma latecomer para acumular ao longo do tempo capacidades tecnológicas (CT). Entre os aspectos que são ressaltados nos estudos empíricos a respeito do processo de catch-up destaca-se a importância das fontes externas de aprendizagem tecnológica e da dinâmica de acumulação de CT. A defesa da inovação aberta (IA) ganhou grande repercussão junto aos gestores de grandes firmas de P&D de países industrializados. O objetivo deste artigo teórico-empírico é apresentar os resultados de um levantamento a respeito do uso da IA nas empresas brasileiras. Este estudo estende a análise da dinâmica  de acumulação de CT em firmas de economias emergentes (BELL; PAVITT, 1993, 1995; FIGUEIREDO, 2009), mediando-o pelo impacto potencial da IA (CHESBROUGH, 2003, 2006; CHRISTENSEN, 2006). A amostra é intencional, composta por empresas com reconhecida tradição de P&D, e a coleta de dados baseia-se em questionário fechado. Os dados foram tratados por estatística descritiva e análise de correlação linear múltipla. Compõem a amostra as seguintes empresas: Aché, Bematech, Braskem, Cemig, Chemtech, Cristália, Embraco, Embraer, Emprapa, EMS Fíbria, Herbarium, Lupatech, Natura, Petrobrás, Sabó, Tigre, Usiminas Vale e Weg. Os principais resultados indicam que a maioria das firmas pesquisadas tem atuação global e adotam posicionamento tecnológico ofensivo. Oitenta por cento dos respondentes concordam que a participação em redes de aprendizagem e inovação (RAI) foi fundamental para a estratégia tecnológica. As universidades brasileiras foram apontadas por dezessete respondentes como os parceiros mais importantes da RAI, indicando uma possível melhora no relacionamento empresa-universidade. No que diz respeito aos atributos da IA, os resultados trouxeram contradições que podem ser exploradas em pesquisas futuras.

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