Prédio: Faculdade de Economia e Finanças IBMEC
Sala: Sala 3
Data: 2011-10-13 11:00 – 12:30
Última alteração: 2011-09-25
Resumo
Resumo: Muitas pesquisas têm se dedicado em realizar estudos de caso com empresas brasileiras que implantaram o Balanced Scorecard (BSC). Tendo como motivação esse fato, a rápida difusão do BSC, o crescimento do número de artigos sobre este tema, o presente artigo teve por objetivo realizar um levantamento sobre os principais critérios metodológicos adotados e os principais tipos de organizações estudadas por 28 artigos que realizaram estudos de caso com empresas brasileiras. Os artigos que fizeram parte do estudo foram encontrados nos sites da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração (ANPAD) e do Simpósio de Administração de Produção, Logística e Operações Internacionais (SIMPOI) entre os anos de 2004 e 2010. A metodologia de pesquisa empregada tomou como referência principal a análise de conteúdo com abordagem quantitativa numa amostra não probabilística por conveniência dos artigos que tratavam exclusivamente do tema BCS e que utilizaram como ferramenta de pesquisa a técnica de estudo de caso. Pôde-se observar que 46,43% dos estudos de caso não apresentaram classificação quanto ao tipo de pesquisa, 57,14% não apresentaram classificação quanto à natureza da pesquisa, demonstrando falta de rigor metodológico por partes dos autores. Identificou-se que dos estudos de caso sobre o BSC, 67,85% utilizaram mais de uma técnica de coleta de dados, o que demonstra que os pesquisadores tiveram o cuidado de basear suas conclusões em mais de uma fonte de evidência. No entanto, não há descrição das técnicas de análise de dados em quase a metade das pesquisas, ou seja, em 46,43% dos casos, o que demonstra considerável deficiência em termos metodológicos por parte desses trabalhos. Verificou-se também que a grande maioria (73%) das organizações objeto de estudo das pesquisas sobre BSC é privada, sendo possível concluir que o sistema de medição de desempenho proposto pelo Balanced Scorecard é pouco utilizado por empresas públicas, mistas e sem fins lucrativos.