Prédio: Faculdade de Economia e Finanças IBMEC
Sala: Sala 4
Data: 2011-10-13 11:00 – 12:30
Última alteração: 2011-09-25
Resumo
Os impactos da crise econômica de 2008 e as inovações nos produtos financeiros ao longo dos últimos anos, incrementaram a relevância do tema educação financeira. A preocupação com a referida temática atinge não apenas os níveis pessoais e das instituições de ensino responsáveis pela formação na área financeira, mas o Governo Federal, que, em 2010, regulamentou a Estratégia Nacional de Educação Financeira, visando educar financeiramente a população. Para a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a educação financeira permite maior consciência sobre produtos financeiros e proporciona incremento na qualidade de vida através da estabilidade financeira e aumento de patrimônio pessoal. Contudo, pesquisas realizadas nos Estados Unidos indicam que, o nível de conhecimento da população de forma geral e de estudantes universitários, especificamente, pode ser considerado inadequado. Diante desse contexto, os objetivos desse estudo são: avaliar o nível de educação financeira de alunos de graduação em Ciências Contábeis de uma universidade privada do Rio de Janeiro e comparar seu desempenho àquele alcançado por alunos norte-americanos em estudo semelhante. A partir de um survey conduzido com 613 estudantes, foi utilizada uma adaptação do instrumento de pesquisa proposto por Chen e Volpe (1998; 2002) para mensurar o grau de educação financeira dos respondentes, avaliado em cinco segmentos: socioeconômico, conhecimentos gerais em finanças pessoais, alternativas de poupança e crédito, produtos de seguro e investimentos. Os resultados indicaram que 74% dos alunos possuem um nível baixo de educação financeira, sendo a mediana do aproveitamento nas questões propostas (50,00%) estatisticamente inferior à encontrada nos Estados Unidos (55,56%). Dessa forma, pode-se inferir que, com base nas premissas e metodologia utilizadas, o desempenho dos alunos brasileiros foi inferior ao dos norte-americanos, porém o nível de educação financeira de ambos pode ser considerado inadequado, facilitando assim opiniões equivocadas e prejudicando a tomada de decisões neste campo do conhecimento.