O valor de mercado das ações de uma empresa reflete, em última análise, o valor de todos os seus ativos: tangiveis e intangíveis. Na empresa da era industrial, os ativos físicos como terra, capital, trabalho eram os fatores relevantes para se estimar o valor do empreendimento. No entanto, com o advento da economia moderna, baseada no conhecimento, o desenvolvimento da comunicação, da  tecnologia, do comércio eletrônico, da Internet, a geração de valor em inúmeras empresas se torna crescentemente dependente dos ativos intangíveis. Portanto, importantes fatores que concorrem para o sucesso e a continuidade da empresa, dependem de sua capacidade para criar e gerenciar seus ativos intangíveis. As contigências da economia moderna, podem se observadas nas diferenças, às vezes significativas, entre o valor contábil e o valor de mercado das empresas, o que pode ser atribuído aos seus ativos intangíveis. Sendo assim, para se avaliar valor da empresa e sua continuidade, não é só preponderante considerar os ativos tangíveis, mas também considerar o poder dos ativos intangíveis.

Sobre esse importante assunto em pauta, a literatura revisada ainda deixa sem respostas convincentes, diversas questões que merecem se tornar objeto de pesquisa, tais como as apresentadas a seguir: quais fatores são representativos, ou mais representativos, para se avaliar ou até mesmo mensurar  os ativos intangíveis no valor de uma empresa; levantados ou identificados esses fatores, é importante saber, como  esses fatores incluenciam a continuidade da entidades. Questionamentos como esses, é preciso dizer, estão ganhando cada vez mais relevância tanto no ambiente do mercado como no acadêmico. Esta pesquisa é de natureza aplicada com abordagem qualitativa; quanto aos objetivos, é exploratória e explicativa ela vai se utilizar das empresas classificadas na BOVESPA como solventes e insolventes (concordatárias, em recuperação judicial e falidas) e compreender o período de 1994 a 2011.