A crescente atuação da sociedade nos processos de discussão e de tomada de decisões quanto ao rumo das políticas públicas estimula a gestão pública a elevar os padrões de eficiência na aplicação dos recursos públicos e torná-la cada vez mais transparente. Esta pesquisa tem como objetivo avaliar economicamente o Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol) na busca de verificar se a alocação e o gerenciamento dos recursos financeiros são eficazes e adequados à sua realidade, nos exercícios de 2005 a 2009, apresentando um diagnóstico em uma linguagem acessível ao cidadão. A fundamentação teórica baseia-se na assimetria de informações enfatizando as teorias da agência e da firma. A pesquisa é um estudo de caso e caracteriza-se como descritiva e qualitativa. Na coleta de dados utilizou-se a pesquisa documental, entrevistas e grupo focal. As dimensões analisadas foram o trinômio ensino, da pesquisa e extensão e a interface dessas, com a ação de assistência e saúde SUS. Face às descobertas conclui-se que os recursos não são eficazes e adequados à realidade do Huol, uma vez que há um grande potencial operativo que deixa de ser explorado pela escassez de recursos para aquisição de insumos; a gestão normativa, por força da legislação, amarra e impede uma concorrência em condições iguais aos hospitais privados; há necessidade de ajustes no sistema de custo; inexiste registro da depreciação; os canais (HomePage) para transparência da gestão não divulgam os dados orçamentários e financeiros. Como boas práticas o Huol tem exclusividade (100%) de atendimento SUS, realiza concorrência internacional para aquisição de materiais e equipamentos, possui um engenheiro clínico para realizar manutenções preventivas nos equipamentos e utiliza o manual das Boas Práticas do Fabricante (BPF), registrando economias significativas em torno de 40%.