Prédio: Universidade Estácio de Sá
Sala: Sala 3
Data: 2012-10-11 05:30 – 06:00
Última alteração: 2012-09-24
Resumo
O artigo tem o objetivo de propor o desenvolvimento de estudos mais pluralistas sobre agência em contabilidade (CONT) no Brasil por meio da perspectiva da prática social e da codeterminação de forma a desafiar a Teoria da Agência (TA) e incorporar os desenvolvimentos recentes nas áreas de estudos organizacionais (EO) e estratégia (SM). Um dos principais obstáculos para o avanço dos estudos sobre agência é que grande parte da literatura de CONT e SM privilegia uma representação específica de organização e gerência (i.e. a grande corporação e o capitalismo gerencial) e, consequentemente, de agência. Segundo esta perspectiva, a grande corporação é tida como uma organização controlada por uma classe profissional diferenciada cuja ação é (ou tem que ser) governada por princípios econômicos de longo prazo que desafiam a tendência “natural” ao oportunismo. A literatura européia de EO e SM vem desafiando as abordagens prescritivas relacionadas ao controle do oportunismo gerencial e à racionalidade econômica imposta ao agente. É desenvolvido no artigo uma argumentação favorável ao desenvolvimento de uma teorização mais plural sobre agência como forma de para auxiliar pesquisadores e praticantes de países emergentes a compreenderem melhor como a agência tanto de indivíduos quanto de organizações se materializa ao longo do tempo e na formação de práticas sociais. O artigo revisita as origens da TA e os debates recentes na literatura europeia, que estão além das fronteiras disciplinares de CONT, para apresentar o conceito de codeterminação como um caminho para a viabilizar no Brasil uma pesquisa que considere contabilidade como uma prática social.