O foco deste estudo é discutir o grau de produtividade das horas extras e seu impacto nos índices de satisfação do trabalhador, do absenteísmo e da rotatividade de pessoal. Para atingir ao objetivo da análise, realizou-se um estudo de caso envolvendo a participação de uma empresa do ramo de alimentos, sediada na região Sul Fluminense. Os dados coletados são do período de 2012 ao final do primeiro semestre de 2013, por meio de relatórios gerenciais, contábeis e de recursos humanos, além de uma entrevista com o responsável pela gestão da produtividade da unidade fabril. O estudo limitou-se a entender os impactos que a extensão da jornada de trabalho por meio de horas extras tem nos indicadores de absenteísmo e rotatividade de pessoal. Através das análises realizadas, foi possível demonstrar que há relação entre o absenteísmo, a rotatividade e a produtividade apesar de não se conseguir evidenciar a relação dos dois primeiros indicadores com as horas extras. A extensão da jornada de trabalho por meio do aumento das horas extras após a ampliação da fábrica apenas evidenciou a queda do índice de satisfação do trabalhador, mas não foi possível comprovar que o aumento do pagamento destas horas traz acréscimos ao índice de produtividade, levando a crer que a utilização de hora extra não é a estratégia ideal para a expansão da produção de forma eficiente da unidade alvo deste estudo.