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Para que se possa obter um entendimento mais amplo e integrado do processo de tomada de decisão, diversos acadêmicos preconizam que os pesquisadores do campo devem orientar suas investigações para os efeitos das emoções nas decisões, bem como para as conexões entre os aspectos cognitivos e afetivos da decisão. O presente estudo foi norteado pelo objetivo de compreender como os componentes emocionais do processo decisório são percebidos por administradores brasileiros à luz do imperativo da racionalidade. A parte empírica do trabalho foi estruturada a partir de um protocolo qualitativo de pesquisa, com base na técnica do incidente crítico. Foram conduzidas entrevistas semi-estruturadas em profundidade junto a 25 informantes selecionados por critérios de tipicidade e conveniência – administradores brasileiros em organizações públicas e privadas, com pelo menos três anos no exercício profissional de cargos de média ou alta gerência, e com o desempenho regular de atividades decisórias em âmbito tático ou estratégico. A análise de conteúdo dos dados de campo sugere que os sujeitos ainda precisam conquistar uma significativa maturidade para operar com a dimensão afetiva da tomada de decisão, embora muitos deles manifestem interesse em compreender melhor suas próprias emoções e em aprender a lidar com esse aspecto tão negligenciado do processo decisório.