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Controlar as operações e processos de uma empresa exigem um nível de controle de variáveis que muitas vezes transcendem o controle contábil e gerencial que a empresa possui. No que tange custos ocorridos dentro do processo produtivo por algum tipo de alteração ou não conformidade, essa dificuldade em evidenciar sua origem se traduz em seu próprio nome, o custo oculto. Um dos efeitos mais comuns dos custos ocultos torna-se aparente quando observamos que diferenças entre o processo produtivo padrão ou ótimo e o processo em operação ou vigente, se transforme em um custo total auferido distante do previsto ou almejado, sem que haja explicação evidente em livros e relatórios. Os custos ocultos, apesar de terem sua existência conhecida, são de difícil mensuração, tratamento e consequente redução, pois não estão evidenciados de forma clara em relatórios gerenciais ou financeiros e, possuem efeito negativo sobre a organização. Este ensaio busca trazer as principais teorias aplicáveis aos custos ocultos, bem como exemplos de sua utilização para identificação, mensuração, tratamento e mitigação, convergindo diferentes ideias e pontos de vista para uma visão holística e atualizada desta temática e propondo um modelo, advindo da unificação de diversos outros trabalhos que possa ser implantado dentro da organização. Não obstante, sua aplicação depende também de adaptações em diferentes sistemas e organizações. A gestão de qualidade também auxilia no processo de tratamento e redução dos custos ocultos, seja pelo uso compartilhado de modelos e métodos para identificação e mensuração, ou para o tratamento e separação dos problemas que afetam a qualidade e podem ser traduzidos em custos ocultos.