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A Relação entre Gerenciamento de Resultados e Governança Corporativa nas Empresas que Compõem o Ibovespa.
Última alteração: 2016-09-23
Resumo
O presente estudo investiga se existe relação entre as boas práticas de governança corporativa e gerenciamento de resultados nas empresas listadas no Ibovespa, para o período de 2010 a 2014. Parte-se do pressuposto que as boas práticas de governança estejam relacionadas negativamente com o gerenciamento de resultados. Como proxy para gerenciamento de resultados foram utilizadas as métricas propostas por Barth, Landsman e Lang (2008), Modelo de Jones Modificado (1995) e Leuz et al (2003) e como proxy de governança corporativa foi elaborado um índice amplo conforme proposto por Silveira (2004). A análise de dados foi conduzida pelo teste de variância (teste F) e pelo o uso de modelo de regressão múltipla. Os resultados indicaram para a métrica de gerenciamento de resultados GR1 e para o modelo GR4, a não rejeição da hipótese, não sendo possível inferir que as boas práticas de governança exerçam efeito de mitigação na prática de gerenciamento de resultados. Já para a métrica GR2 os resultados indicam diferença estatística entre os dois grupos de amostra, indicando uma utilização menor de práticas de alisamento de resultados para as empresas com menores níveis de governança. Este resultado pode ter origem na pequena diferença entre o menor e o maior IGOV. Para o modelo GR3, há indicativos de que a adoção às boas práticas de governança corporativa inibe a prática de gerenciamento de resultados. Os resultados obtidos para este modelo corroboram com o estudo de Barros et al (2013) e outros estudos internacionais. A partir desse estudo é possível inferir que para as empresas da amostra a magnitude dos accruals discricionários de empresas com grau mais elevado de governança corporativa é menor comparado com as empresas de menor grau de governança corporativa.
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