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Um dos principais incentivos para o gerenciamento de resultados é a dificuldade financeira existente nas organizações, conforme corroborado por Habib et al (2013). Assim explica-se que existem possibilidades das empresas utilizarem de métodos contábeis para aumentar seus resultados e diminuir o risco de insolvência. O objetivo geral deste trabalho consiste em verificar se as empresas que apresentam maior grau de insolvência financeira tendem a gerenciar mais seus resultados. A metodologia utilizada foi um delineamento descritivo, com abordagem lógico-dedutiva. A população é composta por todas as companhias abertas brasileiras não financeiras listadas na BM&FBOVESPA. Os dados das empresas foram coletados no banco de dados da Economática®. A amostra foi composta 285 empresas no período entre 2013 e 2015, perfazendo 855 observações. Inicialmente foram identificadas as empresas solventes e insolvente, conforme a modelo proposto por Altman (1979). Em seguida, foram identificadas as empresas que gerenciam seus resultados por income smoothing conforme metodologia proposta por Eckel (1981). Por fim, procedeu-se a analise bivariada com aplicação da matriz de correlação de Spearman a fim de verificar a existência de associação entre as empresas que apresentam um maior grau de insolvência daquelas que mais gerenciam seus resultados. Não foram encontradas evidências da associação entre a insolvência e o gerenciamento de resultados por income smoothing. Os resultados foram significativos estatisticamente para afirmar que a insolvência não afeta o alisamento de resultados. Sugere-se que pesquisas futuras utilizem outros modelos de insolvência, a exemplo do de Altman (1993) por fluxo e por saldo, para se testar os resultados desta pesquisa.