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A contabilidade do setor elétrico brasileiro sofreu modificações ao longo do tempo, principalmente, pela publicação do Manual de Contabilidade do Setor Elétrico (MCSE) com instruções regulatórias para o setor em 2001 e pela adoção do padrão contábil internacional em 2010. O objetivo deste estudo é analisar o efeito das alterações contábeis e regulamentares no setor elétrico pela evolução da situação econômico-financeira nas demonstrações contábeis da Eletrobras, entre os anos de 1998 e 2015. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa e quantitativa, descritiva nos objetivos e documental nos procedimentos. O estudo buscou entender as alterações na contabilidade do setor elétrico e as principais diferenças entre a contabilidade societária e a regulatória e descrever a evolução da situação econômico-financeira da Eletrobras em relação às mudanças na contabilidade da área. A amostragem foi não probabilística por acessibilidade (ou conveniência) às informações. A escolha da empresa se deu pelo fato de esta ser a maior empresa brasileira na área se energia elétrica. Verificou-se que os demonstrativos sofreram reclassificações para atender mudanças nas normas societárias. A análise de indicadores revelou que a empresa aumentou seu endividamento e diminuiu sua liquidez no período. os retornos sobre o patrimônio líquido e ativos sofreram redução no fim do período, principalmente devido ao resultado operacional e líquido decrescentes. Concluiu-se que as alterações na contabilidade do setor elétrico não foram significativas nos indicadores. Através dos índices financeiros, observou-se que nos últimos quatro anos a empresa mostrou tendência à instabilidade financeira. As diferenças da contabilidade regulatória para a societária podem ter afetados alguns indicadores, a exemplo do Arrendamento Mercantil, Contratos de Concessão. Estudos futuros poderiam ser realizados para comparar analiticamente as duas contabilidades.