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O objetivo do trabalho foi avaliar qual o efeito da corrupção na opacidade dos resultados contábeis de empresas localizadas em países emergentes. Para uma amostra de 20 países emergentes, no período de 2004 a 2013, foi utilizado os indicadores de controle de corrupção e força da lei, ambos extraídos da base de dados do Banco Mundial. Também os indicadores de qualidade da informação contábil, sob o foco da opacidade dos resultados, derivados do trabalho de Bhattacharya et al. (2003), quais sejam: agressividade dos lucros, aversão a perdas e suavização dos lucros. Para análise dos dados foi aplicado, primeiramente, o teste de Shapiro-Francia: uma vez rejeitada a hipótese nula de distribuição normal dos dados, procedeu-se à realização da correlação de Spearman. Constatou-se ausência de corrupção é negativamente correlacionada com a variável suavização dos lucros e aversão a perdas, ou seja, quanto menos corrupto o país, menor a tendência dos gestores das empresas em diminuir a variabilidade dos lucros, e reportar pequenos lucros ou prejuízos. Os resultados encontrados foram coerentes com a literatura prévia, indicando uma tendência de que, quando maior o nível corrupção, maior o estímulo para que os números da contabilidade sejam mais opacos.