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O artigo discute o processo de difusão da primeira fase da reforma da contabilidade em um grupo de 10 municípios em área geográfica e logisticamente isolada do centro emissor da reforma. A adoção da nova contabilidade pública no Brasil pode operar de forma distinta quando comparadas áreas próximas ou isoladas dos centros emissores e replicadores da reforma. Assim a difusão da reforma não deve ser tratada como um fenômeno homogêneo, pois levaria a conclusões distorcidas sobre a intensidade e a dinâmica da difusão em questão. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com contadores, secretários de finanças e fornecedores de softwares de contabilidade nos municípios em questão. A análise foi baseada na teoria de difusão em estrutura de redes em complemento à abordagem institucional. As evidências indicam que a terceirização da função de contabilidade para empresas privadas transfere a ação da reforma para tais empresas, as quais usam seus próprios canais de comunicação para se manterem informadas. Contudo, como efeito colateral tal terceirização coloca os municípios passivos ao processo da reforma.