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Endividamento em Operadoras de Planos de Saúde Filantrópicas: Uma Análise dos Determinantes na Perspectiva da Regulação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)
Última alteração: 2018-10-08
Resumo
Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa descritiva, quantitativa e causal, que visou analisar os determinantes de endividamento em operadoras de planos de saúde (OPS) filantrópicas sob a perspectiva da regulação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A escolha dessa modalidade de operadora foi devido ao grande número de beneficiários atendidos e sua importância social. A amostra empregada consistiu nas OPS filantrópicas que apresentaram seus dados financeiros e operacionais ao longo do período de estudo (2010 a 2016) publicamente no site da ANS. Foram aplicadas as seguintes técnicas de análise de dados: análise de conteúdo, estatística descritiva e análise de regressão com dados em painel. Ao se analisar endividamento das OPS da modalidade Filantropia, observou-se muitas das variáveis clássicas empregadas como determinantes desse fenômeno em empresas foram consideradas significantes. No que se refere às variáveis relacionadas à regulação, quase todas se mostraram significantes em pelo menos um modelo estimado. Diante do exposto, constatou-se que as normas da ANS afetaram de diferentes formas às operadoras no que tange ao seu endividamento. Ademais, é importante destacar que a significância das variáveis (tanto as tradicionais de endividamento quanto as de regulação) dependeu do horizonte temporal abordado (curto ou longo prazo). Podem ser citadas como contribuições da pesquisa apresentadas neste artigo: (i) o realce da importância da regulação no nível de endividamento das OPS estudadas; (b) a validade de algumas variáveis tradicionalmente empregadas no meio empresarial em modelos para explicar endividamento em operadoras; e (c) a proposição de variáveis regulatórias para auxiliar na explicação do endividamento em operadoras filantrópicas.
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