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Análise da Continuidade Operacional nos Relatórios de Auditoria das Companhias Brasileiras de Capital Aberto em 2017: Estudo com as Empresas Não Financeiras da B3
Última alteração: 2018-10-08
Resumo
O objetivo do presente estudo foi identificar e analisar os principais assuntos de auditoria (PAAs) relacionados à continuidade operacional reportados nos relatórios dos auditores independentes das empresas não financeiras da B3. O estudo de natureza descritiva, documental e com abordagem quali-quantitativa analisou os relatórios de auditoria referentes ao exercício de 2017 de 263 empresas não financeiras de capital aberto. Os achados da pesquisa evidenciam que foram reportados 722 PAAs nos relatórios de auditoria das empresas que compuseram a amostra, com média de 2,8 PAAs por relatório. Quanto ao posicionamento sobre a capacidade de manutenção da continuidade operacional, 26 empresas reportaram tal informação, cujas principais causas para divulgação foram Recuperação Judicial, Prejuízos Significantes ou Sucessivos, Processo de Insolvência, Operações Paralisadas e Risco de Liquidez/Alta alavancagem/Covenants. As empresas que tiveram PAA de continuidade operacional reportado pelos auditores independentes apresentaram valor médio de patrimônio líquido estatisticamente menor que o das empresas que não tiveram tais PAAs reportados, inferindo-se, portanto, que as empresas de auditoria podem estar associando o patrimônio líquido baixo ou negativo ao risco de continuidade operacional das entidades auditadas, passando a chamar atenção em seu relatório. Com relação à média do total de PAAs reportados nos relatórios dos auditores independentes, não foi observada relação de aumento ou diminuição na divulgação de assuntos relevantes em função da empresa estar ou não em situação de descontinuidade operacional. Tampouco foi possível concluir sobre uma relação entre o conservadorismo da firma de auditoria e o reporte sobre PAAs de continuidade.
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