Esse artigo tem como objetivo analisar as condições de trabalho de mulheres que lecionam em Instituições de Ensino Superior (IES) privadas no Rio de Janeiro. Abordou-se, no referencial teórico, a inserção da mulher no mercado de trabalho, o desenvolvimento das IES privadas no Brasil, o conceito de precariado, de precariedade no trabalho feminino e de precariedade subjetiva. Para a realização ao artigo, optou-se pela utilização da abordagem qualitativa, realizando-se entrevistas baseadas num roteiro de entrevista, com 8 mulheres, e análise de conteúdo para tratamento dos dados obtidos. Os resultados obtidos demostram que as entrevistadas não enxergam seu trabalho como um trabalho precário, pois não identificam parâmetros tangíveis para caracterizar a precariedade. Porém, à partir do cotejamento do referencial teórico com os dados obtidos, podemos concluir que a precariedade está presente no trabalho docente feminino, em especial a precariedade subjetiva. Muitas entrevistadas relatam questões de sobrecarga do trabalho, instabilidade, medo de perder o emprego e principalmente questões relacionadas á dupla jornada.