As atividades de exploração dos minerais trazem benefícios importantes para os governos e para comunidade local, como geração de empregos, aumento da renda do estado, pagamentos de impostos aos governos federais, entre outros. Porém a exploração dos minerais causa diversos danos ambientais como poluição dos solos, poluição visual e sonora, perda da fauna local, contaminação da água e erosões. Neste cenário, os relatórios de sustentabilidade ganham forte relevância para as organizações que neles publicam suas estratégias de responsabilidade socioambiental corporativa com o objetivo de demostrarem que sua responsabilidade social e ambiental está além do discurso. O objetivo deste artigo é analisar criticamente a dimensão ambiental dos relatórios de sustentabilidade da principal mineradora de ferro do país, a Vale S.A correspondente aos anos de 2015 e 2016. Trata-se de uma pesquisa aplicada e descritiva. Do trabalho desenvolvido observou-se que a companhia mineradora estudada utilizou o Global Reporting Initiative na sua versão G4 e dos 34 indicadores ambientais recomendados pelas diretrizes do GRI a companhia omitiu 12 indicadores no relatório de 2015 e 9 no relatório de 2016 da Vale por considerar que esses não aplicam suas atividades. Esse trabalho permitiu identificar como a companhia demostra seu comprometimento com a responsabilidade social corporativa e com o desenvolvimento sustentável na dimensão ambiental. Entretanto, o uso das diretrizes do GRI não garantem a credibilidade dos relatórios, mesmo passando por verificação externa, tendo em vista os acidentes em Mariana e Brumadinho, pois a companhia pode estar prestando apenas informações que melhoram sua imagem.