O objetivo do presente estudo foi analisar os impactos positivos e negativos do IFRS 16, gerados nas demonstrações contábeis da Petrobras no primeiro trimestre de 2019, considerando que parte de seus ativos que são utilizados para a exploração e produção de petróleo poderiam estar fora do alcance da norma, gerando distorções em sua posição econômico-financeira. Para tal, foram analisadas dez informações trimestrais, observando as variações dos principais componentes patrimoniais e indicadores financeiros que, segundo a literatura, seriam mais sensíveis a impactos gerados pela adoção da norma. Adicionalmente, foram realizados dois testes de diferenças de médias, onde no primeiro comparou-se as médias de tais itens sem qualquer ajuste, com a médias dos mesmos itens sem o efeito do IFRS 16 no primeiro trimestre de 2019. No segundo, foram realizados ajustes no ativo imobilizado e no passivo de curto e longo prazo das informações trimestrais de 2016 a 2018, utilizando informações das notas explicativas a respeito de arrendamentos operacionais, e comparou-se a média de tais métricas, adicionando o efeito observado na adoção inicial do primeiro trimestre de 2019, com a média sem tal efeito. Os resultados apontaram incremento no perfil da dívida, no ativo não circulante e no passivo circulante, e redução nos índices de liquidez corrente, geral e giro do ativo, em relação ao mesmo período do ano de 2018, observando que as variações se mostraram estatisticamente significativas apenas no cenário de adoção antecipada da norma.