Este artigo apresenta os resultados de um estudo que visou analisar os efeitos da influência da regulação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) sobre fenômeno dos custos assimétricos nas cooperativas médicas (Unimeds) entre os anos de 2010 e 2016. Essa pesquisa pode ser classificada como descritiva, causal e quantitativa, e empregou dados secundários (financeiros e operacionais) das Unimeds. Para a análise dos dados, foram empregadas as técnicas de estatística descritiva e análise de regressão com dados em painel. Salienta-se que foram empregadas três diferentes proxies para custos nos modelos, de acordo com Richartz (2016), quais sejam: custos dos serviços prestados (CSP), despesas gerais, com vendas e administrativas (DGVA) e custo total (CT). Constatou-se que os custos das Unimeds apresentaram um comportamento assimétrico, independentemente da proxy empregada para os mesmos e das diferentes variáveis explicativas empregadas nos modelos. Verificou-se, ainda, que diversas variáveis contábeis tiveram efeitos significantes sobre a assimetria dos custos dessas operadoras. Ademais, ao se analisar os efeitos das variáveis relacionadas à regulação – proporção de planos coletivos (COL), proporção de planos antigos (ANT) e razão de dependência (DEP) –, observou-se que todas foram significantes e com os sinais esperados em seus coeficientes em, pelo menos, um dos modelos estimados. Dessa forma, verificou-se a influência da regulação da ANS sobre a assimetria dos custos da Unimeds. Porém, em alguns casos, os coeficientes estimados divergiram do esperado. Assim, as hipóteses desenvolvidas puderam ser parcialmente confirmadas.