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Desempenho bancário brasileiro: Um estudo do impacto da mutualidade entre políticos, governo e bancos identificada pelas Conexões Políticas.
Última alteração: 2019-11-07
Resumo
As conexões políticas emergem da relação recíproca dos atores públicos e os privados. Paralelo a esta atuação, temos o estado agindo como um investidor e como regulador, a isso chama-se Capitalismo de Estado, nesse cenário tem-se a mutualidade da relação destes players. Numa economia global os bancos se tornam uma peça fundamental para a execução de política econômica e alocação de recursos, face a intermediação financeira, promovendo acesso ao crédito e o financiamento de projetos de interesse. Neste sentido, busca-se estratégias que controlem o estado regulador e promovam um ganho mútuo, com distribuição de poder e fluxo financeiro aos políticos. O presente estudo buscou responder: Qual o impacto da mutualidade entre bancos, políticos e governo no desempenho dos bancos em operação no Brasil, identificada por meio das conexões políticas nas formas de doação às campanhas políticas, presença de um político ou ex-político no board ou diretoria do banco e posição acionária do governo, suas subsidiárias ou fundos de pensão (estatais e empresas públicas)? Utilizou-se o método dedutivo, numa perspectiva teórico-empírica, com modelos econométricos de dados em painel e software Stata® 12 SE. O período analisado foi bianual, em sete pleitos eleitorais de 2002 a 2014, e teve sua influência estudada em até cinco semestres após a eleição. Identificou-se que conexão política é significante com as variáveis ROE e Eficiência dos Custos. Ao final, concluiu-se que a conexão política influencia o desempenho, medido pelas proxies ROE e eficiência dos custos, com efeito intertemporal, persistindo nos períodos posteriores à eleição.
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