Este trabalho tem como objetivo investigar quais fatores explicam o nível de aderência das divulgações sobre perdas por impairment de ativos imobilizados, efetuadas por companhias da indústria de óleo e gás. Uma pesquisa realizada para o período de 2012 a 2016 envolveu 145 observações de 36 companhias de vários países. Informações sobre ativos, endividamentos, rentabilidades, concentração de ações, padrões contábeis, segmentos de atuação e período de choque da commodity foram coletadas para análise de regressão. As variáveis ‘tamanho do ativo’ e ‘concentração das ações’ foram significativas, indicando que quanto maiores são os ativos das companhias e o percentual de suas ações detidas por pessoas jurídicas, governos e outros acionistas estratégicos, menos aderentes às normas contábeis são suas divulgações sobre perdas por impairment. Os achados sugerem que as companhias evitam custos políticos e reações adversas do ambiente externo que são induzidos pelo disclosure e que existe assimetria informacional entre agentes e proprietários das firmas. O trabalho contribui para a literatura da contabilidade financeira e do setor de óleo e gás, proporcionando entendimentos sobre a postura de divulgação das companhias, para que investidores, órgãos normatizadores e outros usuários estejam atentos à falta de informações úteis para avaliar investimentos e tomar decisões.