O estudo da estrutura de capital das empresas fornece ao mercado e aos usuários da informação contábil informações financeiras essenciais para a tomada de decisões de investimento/financiamento. Essas decisões podem ser tomadas com lastro em teorias baseadas no paradigma da racionalidade, contudo, pesquisas recentes apontam influências comportamentais sobre a tomada de decisão dos gestores. Diante disso, esta pesquisa apoia-se na teoria dos traços de personalidade gerenciais e seu objetivo é analisar a influência do otimismo sobre a tolerância ao risco e a propensão ao endividamento em gestores de empresas familiares e não familiares. Para isso, realizou-se uma pesquisa descritiva, levantamento e quantitativa, por meio da aplicação do Teste T e Modelagem de Equações Estruturais (MEE). Os resultados apontam que os gestores de empresas familiares apresentam nível de otimismo mais alto que os gestores de empresas não familiares, além disso, o fator otimismo exerce influência sobre o nível de tolerância ao risco e, ambas as variáveis podem afetar as decisões de endividamento das empresas.