Os relatórios de sustentabilidade apresentam dados sobre impactos socioambientais e econômicos de uma companhia. Além da busca pela inclusão no ambiente de trabalho, as mudanças de perspectivas acerca de gênero e sexualidade aumentam a importância de demonstrar ações de inclusão social das empresas. Eles são um dos meios mais utilizados para divulgar práticas socioambientais, podendo assim a empresa prestar contas à sociedade sobre sua atuação. O trabalho analisou como as informações sobre identidade de gênero e sexualidade foram apresentadas nos relatórios de sustentabilidade no ano de 2017. O universo foi constituído pelas empresas brasileiras que elaboraram Relatório de Sustentabilidade nos padrões requeridos pela GRI (Global Reporting Initiative) e publicados no site desta organização, totalizando 249 empresas. A análise consistiu em identificar as ações reportadas pelas empresas em cada indicador do GRI das categorias de Direitos Humanos e Não Discriminação, direcionados para ações voltadas aos LGBTQI+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transsexuais, Queer, Intersex e Outros). Verificou-se que apenas 8% das empresas possuem dados relacionados a programas e ações voltados para os LGBTQI+. Constatou ainda que a maioria das empresas quando trata da Diversidade de gênero, considera apenas o empoderamento feminino nos dados apresentados. E apenas 6 empresas consideraram como minoria os LGBTQI+.