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“A obra é de Deus e não do homem”?: Gestão em Igrejas Evangélicas em uma favela de Belo Horizonte
Última alteração: 2021-11-04
Resumo
O crescimento das(os) evangélicas(os) no Brasil tem ocasionado outro fenômeno, qual seja, o surgimento expressivo de templos e de novas denominações. Isso nos leva a questionar: como se dá a gestão eclesiástica? Nota-se que os estudos sobre isso, não englobam essas novas denominações, principalmente, em contextos de favela. Assim, buscou-se compreender a gestão em igrejas evangélicas independentes em uma favela de Belo Horizonte. Metodologicamente, este estudo é de caráter exploratório, com abordagem qualitativa. Na coleta de dados, primeiramente, realizou-se o mapeamento de todas as igrejas evangélicas situadas nessa favela, e identificou-se 36, sendo que 20 são independentes. Após um contato pessoal, nove líderes de igrejas independentes participaram das entrevistas semiestruturadas, que foram analisadas pela Análise de Conteúdo. Os resultados evidenciaram a distribuição espacial das igrejas na favela e sua história de surgimento. A teologia confessional adotada é a pentecostal. A gestão nas igrejas tem como base o governo episcopal, sendo a maioria liderada por homens, com limitações da participação dos membros nas decisões. Contudo, a participação dos membros nas atividades eclesiásticas é incentivada. Finalmente, em algumas igrejas lideradas por homens, há discordância das mulheres terem cargos de liderança, mas em apenas uma isso ocorre.
Palavras-chave
Igrejas evangélicas; Gestão; Participação eclesiástica; Pentecostalismos; Favela.
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