Revelar a sexualidade no trabalho é admitir em seu íntimo, que a alma humana não é tão angelical como seria cômodo admitir, e que no trabalho, local de dignificação do homem e do ganho do próprio pão, considerado um lugar sagrado, é também local que se mobiliza a sexualidade e as pulsões sexuais. O presente artigo busca compreender como a sexualidade, por meio das pulsões sexuais, se manifesta no ambiente de trabalho. Para alcançar o objetivo proposto foram realizadas 20 entrevistas narrativas com sujeitos que tinham mais de 15 anos de experiência laboral. A análise do corpus foi realizada por meio da análise de narrativas. Os entrevistados, por meio de suas narrativas, evidenciam que a subjetividade que é mobilizada ao trabalhar, é a mesma mobilizada pela sexualidade. Ousamos afirmar que o trabalho, além de central na vida dos sujeitos, é também um local fálico e que demanda grande investimento libidinal, podendo ser tratado como um objeto de amor e ao ser realizado, podendo proporcionar satisfação sexual aos sujeitos.