Nesta pesquisa, temos por objetivo analisar como a dimensão visual das mídias sociais molda a relação entre resistência e trabalho de identidade no contexto do movimento dos policiais antifascismo. Para tal, realizamos uma pesquisa qualitativa com inspiração netnográfica (Kozinets, 2010), no grupo nacional dos Policiais Antifascismo no Facebook, de maio de 2018 a dezembro de 2019. Trazemos como contribuições teóricas da pesquisa: uma retomada das dimensões materiais e visuais no processo de construção de identidades; um aprofundamento teórico do conceito de trabalho de identidade-resistente, desenvolvido por Barros (2018), apontando o seu papel na reconstrução de oposições binárias, como forma de retomada de estratégias tradicionais de luta; a proposta de um novo conceito aqui denominado de reidentificação, como uma alternativa ao conceito de desidentificação, presente na literatura.