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Uma organização pode ter seu valor de mercado deteriorado através das decisões de da alta administração ou acionista controlador. Neste cenário, é comum surgirem investidores ativistas que pressionam a alta administração para impedir atos ilegais e prejudiciais aos acionistas minoritários. A presente pesquisa se insere neste contexto por meio de uma narrativa de um investimento ativista com as ações da Smiles e com alvo na sua controladora, a Gol, que se pôs a incorporar a Smiles e fechar seu capital. O principal ativista foi o fundo de investimentos Esh Capital, e o objetivo declarado do ativismo era que a controladora cumprisse os requisitos mínimos exigidos pelo Novo Mercado para incorporações. A narrativa é permeada por análises dos retornos anormais tratando como eventos as publicações dos Fatos Relevantes (FR’s) e das Demonstrações Financeiras Padronizadas (DFP’s). Os resultados demonstraram que antes do ativismo o essencial conflito de interesses entre Smiles e Gol já compunha o perfil de risco-retorno das ações da Smiles. Não obstante, a conduta ativista foi efetiva para ajustar as decisões da alta administração da Smiles e de seu controlador, possibilitando aos acionistas minoritários da Smiles mitigação dos prejuízos.

Incorporação de Ações; Investimento Ativista; Governança Corporativa.