O presente estudo objetiva identificar os principais métodos, adotados pelos docentes, que são mais eficazes sob a perspectiva dos discentes. O estudo quanto ao objetivo é caracterizado como descritivo. Foi realizada estatística descritiva e o uso da escala aproximativa de best-worst. A amostra foi composta de 246 alunos do curso de ciências contábeis de 6 universidades do estado do Ceará. Os resultados encontrados, tanto na estatística descritiva, quanto na escala best-worst, apontam que o método mais eficaz é o de “resolução de exercícios”, indicando uma preferência por métodos que não coloquem os alunos no centro do processo de ensino e aprendizagem. Além disso, outros métodos conseguiram avaliação positiva na percepção dos alunos: aulas em laboratório de práticas, exposições e visitas técnicas e a realização de palestras ou entrevistas junto a outros profissionais. A metodologia que menos agrada aos discentes é a de “peças ou encenações”, além da “explicação por parte do aluno” e “sala de aula invertida”, isto é, métodos que colocam os discentes como protagonistas. Pode-se concluir que o perfil do aluno de ciências contábeis ainda pode ser marcado pela influência tecnicista, prevalecendo a expectativa sobre o ensino a partir de uma visão passiva do aprendizado, gerando dependência na relação aluno-professor. Esses aspectos devem ser observados por professores e gestores escolares para definir estratégias educacionais que não apenas atendam demandas do alunado, mas que permitam uma compreensão do discente sobre o seu papel no aprendizado e seu protagonismo no mercado de trabalho no exercício da profissão contábil.